Poderia ser bem melhor
Rockefeller, o famoso empresário americano, disse: “o negócio mais lucrativo do mundo é uma companhia de petróleo bem administrada. O segundo melhor é uma companhia de petróleo mal administrada”.
O americano tem razão. No caso da Petrobrás, somos forçados a acreditar que a empresa está no segundo caso. Senão, vejamos:
- A atual direção da Petrobrás trata seu maior patrimônio, que são seus empregados e ex-empregados, com discriminação, desrespeito e até de forma desumana.
- Como pode a atual direção da empresa induzir os aposentados a retornar ao trabalho, como terceirizados, porque os seus proventos são insuficientes? A perda do poder de compra, nos últimos anos, supera a marca dos 60%.
- Como pode um trabalhador viver com tranqüilidade, quando sabe que ele e sua família só poderão usufruir da AMS, na aposentadoria, depois de 10 anos de carência?
- Como pode ter tranquilidade, se o seu companheiro de setor disputa as promoções não por competência e camaradagem, mas sendo estimulado pela própria empresa a desmerecer quem trabalha a seu lado?
- Como pode a empresa manter como conselheiros-diretores gente que nada entende sobre a indústria do petróleo, talvez nem a cor do petróleo conheça?
- Como pode a empresa optar por uma política que desestimula seus funcionários de requerer aposentadoria, mesmo quando já têm tempo para fazê-lo, porque a condição de aposentado implicará em perdas substanciais no salário e restrições na AMS?
- Como pode a companhia propor a repactuação, que é uma forma clara de fazer com que os trabalhadores se desvinculem da empresa que ajudaram a construir?
A aposentadoria é uma conquista e um direito dos trabalhadores. Deve ser encarada como a retribuição da sociedade àqueles que já deram a sua parcela de contribuição para o bem comum, tanto com seu trabalho quanto financeiramente, por meio dos altos descontos assistenciais que pagamos.
A Petrobrás estaria bem melhor, se administrasse com mais competência as relações de trabalho: por exemplo, devolvendo aos da ativa e, sobretudo, aos aposentados, o respeito que merecem.
Por todos esses motivos, continuamos firmes na ocupação de uma sala do Edita – Edifício Torre Almirante, hoje em seu 12º dia. Queremos a retomada da negociação do nosso Acordo Coletivo em outras bases.
Continuamos de ânimo forte e contando com o apoio e a solidariedade dos companheiros petroleiros e demais trabalhadores. Até a vitória!
Assinam: Emanuel Cancella, Fabíola Mônica, Roberto Ribeiro, Wladimir Mutt e Flávio Azevedo.
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