Muitos de nós se perguntam: por que a campanha salarial está amarrada? Por que antigamente quando o Brasil não era auto-suficiente em petróleo a Petrobrás pagava um salário decente aos seus funcionário da ativa e aposentados, e não tinha prejuízo? Por que querem acabar com a Assistência Multidisciplinar de Saúde, principalmente para os aposentados, que hoje precisam mais?
Existe, dentro e fora da empresa, interesses fortíssimos em privatizá-la. Atacam tanto companheiros da ativa como aposentados com a proposta de repactuação, achatamento de salários, abonos ou outro tipo de remuneração não agregadas ao salário básico. Assim, os companheiros da ativa, ao se aposentarem, passarão por um verdadeiro sufoco, como nós aposentados estamos vivendo hoje.
Os grandes acionistas estrangeiros exigem lucros altos e os servis diretores e gerentes, todos indicados pelo presidente Lula, cumprem fielmente esta subserviência, esmagando a todos os petroleiros.
A repactuação, além de desvincular definitivamente os aposentados da Petrobrás, nos leva a correr riscos. Se a Petros quebrar, ficaremos somente com o beneficio do INSS. É bom lembrar que quem administra todos os fundos de pensão é um senhor chamado Gushiken, junto com o senhor Daniel Dantas, aquele que não pode ser algemado.
Hoje a FUP, na sua pauta reivindicatória, coloca a repactuação como uma solicitação da categoria. Ora, quem deseja repactuar pode fazê-lo a qualquer momento, é só procurar o seu Diego Hernandes. A FUP está se prestando ao papel de facilitar a entrega de nossas riquezas naturais a preços módicos aos grupos estrangeiros ou seus testa de ferro, como Eike Batista (este ganhou 11 blocos da Petrobrás).
Hoje os médicos estão se descredenciando do nosso plano de saúde, porque a atual direção da empresa diz que o custo é alto. Não reconhece a saúde que nós deixamos na Petrobrás para ajudar a fazê-la grande. Não podemos deixar de considerar que existe por parte dos planos de saúde particulares um grande interesse em abocanhar este filão de aproximadamente 280.000 assistidos, com garantia de pagamento dado pela Petros ou Petrobrás.
Esta foi a forma de privatizar algumas empresas brasileiras, tipo Telerj, Telesp, Fabor (Petrobrás), etc. Primeiro desvincula o trabalhador da empresa mãe, depois desvincula do plano de saúde original da companhia , forçando-o a procurar um plano particular. Ora, na nossa idade, aposentados e com dependentes quanto pagaríamos a um plano de saúde particular (UNIMED, AMIL, BRADESCO etc.).
Nossa luta por salários e condições de sobrevivência dignas passa certamente pela campanha “O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO”.
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